Abstract. With the publication of volumes 4, 5, and 6, the series Music-Archival Patrimony of Minas Gerais (PAMM) takes forward the project launched at the end of 2006 by the Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. This project is devoted to the publication of music by composers from the state of Minas Gerais or closely related to Minas Gerais. That is, composers who have been deceased for over seventy years and whose music can be thus considered musical patrimony of Minas Gerais, having entered public domain in accordance with current Brazilian copyright laws (Law 9.610, of February 19, 1998, revoking Law 5.988, of December 14, 1973). The focus of this series, therefore, consists of works from the 18th, 19th, and early 20th centuries, by composers who lived all or part of their lives in Minas Gerais or whose works are extant in manuscripts or prints held in depositories in this state. The series prioritizes compositions that either have not been published or have been published in small quantities, or produced with criteria that no longer meet current demands. This is the case of the 77 works that make up the Coleção Música Sacra Mineira (Instituto Nacional de Música, Funarte, end of the 1970’s), except for twelve of these scores that were revised and re-released by Funarte in 2000 and again in 2002. From a methodological point of view, the present series builds upon innovations from the project Acervo da Música Brasileira (Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana, Petrobras, Santa Rosa Bureau Cultural, 2001-2003), such as the description of the sources consulted, the itemization of the editorial interventions (including the use of a critical apparatus), and the explanation of the editorial criteria. The present series is based on the methodology and the editorial experience developed in this previous project, while introducing several innovations of its own:
◆ The examination of as many sources from as many depositories as possible, rather than prioritizing a single source from one depository.
◆ The release of all accompanying texts, scores, and vocal/instrumental parts in a CD-ROM, annexed to each of the volumes.
◆ The release of all accompanying texts, scores, and vocal/instrumental parts on the internet, on the page of the Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, at
◆ The inclusion of English translations in the printed volumes, on the CD-ROM, and on the webpage.
◆ The selection of a repertoire that is not exclusively sacred or from the colonial period.
◆ The inclusion of introductory texts by guest musicologists and historians discussing the composers’ lives and works, as well as their personal and professional milieus, respectively. The series Music-Archival Patrimony of Minas Gerais, unlike other initiatives of this type, is being undertaken by the Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais who, for the first time, fully recognizes the importance of editing and promoting the music compo- sed in this state in previous centuries. In this respect, the laurels must go to the entrepreneurial vision of former Cultural Secretary Eleonora Santa Rosa, who initiated the project in 2006.
Resumo. Com o lançamento dos volumes 4, 5 e 6, a série Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro dá seqüência ao projeto lançado no final de 2006 pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, destinado à publicação de música de autores mineiros ou intimamente relacionados a Minas Gerais, porém falecidos há mais de setenta anos. Ou seja, música que pode ser considerada patrimônio musical mineiro, uma vez que já se tornou de domínio público, de acordo com a atual lei brasileira dos direitos autorais (Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, em substituição à Lei 5.988, de 14 de dezembro de 1973). O foco desta série, portanto, consiste de composições dos séculos XVIII, XIX e princípios do século XX, de compositores que viveram total ou parcialmente em Minas Gerais e/ou cujas obras existem em fontes manuscritas ou impressas de acervos mineiros. A série prioriza composições que ainda não foram publicadas ou que já o foram, porém com tiragem muito baixa, ou então que foram elaboradas com critérios que não atendem mais as necessidades atuais. É o caso das 77 obras que integram a Coleção Música Sacra Mineira (Instituto Nacional de Música, Funarte, final da década de 1970) à exceção de doze dessas obras que foram revisadas e relançadas pela Funarte em 2000 e de novo em 2002. Do ponto de vista metodológico, esta série partiu das inovações do projeto Acervo da Música Brasileira (Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana, Petrobras, Santa Rosa Bureau Cultural, 2001- 2003), entre elas a descrição das fontes utilizadas, das intervenções realizadas pelos editores (inclusive por meio de um aparato crítico) e dos critérios editoriais. A presente série apóia-se na metodologia e na experiência editorial desenvolvida naquele projeto, porém com várias outras inovações, destacando-se as seguintes:
◆ Consulta do maior número possível de acervos e fontes, ao invés da priorização de um só acervo.
◆ Disponibilização de todos os textos acessórios, partituras e partes cavadas no CD-ROM anexo a cada um dos volumes.
◆ Disponibilização de todos os textos acessórios, partituras e partes cavadas na internet, na página da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, no endereço
◆ Edição bilíngüe (português/inglês), nos volumes impressos, nos CD-ROMs e na página da internet.
◆ Seleção de um repertório não somente sacro e
não apenas da fase colonial.
◆ Inclusão de textos introdutórios sobre a vida e a
obra dos compositores, assim como as regiões em que viveram e atuaram, por musicólogos e historiadores convidados, respectivamente. Diferentemente de outras iniciativas do gênero, a série Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro está sendo levada a termo pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, que pela primeira vez reconhece em grande escala a importância da edição e disponibilização da música aqui composta nos séculos que nos antecederam, louvando-se, nesse sentido, a visão empreendedora da então Secretária Eleonora Santa Rosa, que deu início ao projeto, em 2006.